A SLC Agrícola alcançou uma economia de R$ 90 milhões na safra 2023/2024, impulsionada pela adoção da agricultura de alta precisão, segundo o CEO Aurélio Pavinato. O valor representa um aumento de 9,8% em relação à safra anterior, cumprindo a previsão divulgada pela empresa em abril à CVM.
A principal fonte desses ganhos foi a redução de custos com herbicidas e inseticidas nos cultivos de soja, milho e algodão. Graças aos sistemas avançados de pulverização, como o Weed-It e Weedseeker, a aplicação de defensivos é feita de forma precisa, liberando herbicida apenas nas áreas onde há ervas daninhas e inseticida somente onde há pragas. Essa tecnologia, aplicada por pulverizadores e drones, tem sido fundamental para otimizar a eficiência nas operações da SLC.
Com essa economia, a SLC consegue mitigar os efeitos da queda nos preços do milho e da soja. No segundo trimestre de 2024, a receita líquida da empresa foi 6,4% menor em comparação ao mesmo período de 2023. A expectativa para a safra 2024/2025 também é de desafios, com projeções de preços baixos e margens apertadas, segundo Pavinato.
O sucesso da agricultura de precisão tem levado a SLC a expandir essa abordagem para todas as suas fazendas e a buscar formas de intensificar seu uso.
“Já aplicamos a técnica em todas as unidades, e agora queremos aumentar ainda mais o uso dela”, comentou Pavinato.
A empresa também está à frente na inovação tecnológica. Em julho, a SLC firmou um acordo com a americana Pyka, especializada em aeronaves elétricas autônomas, para testar o Pelican Spray, um drone de grande porte capaz de transportar até 281 litros de defensivos agrícolas. “Estamos testando esse modelo de aplicação aérea, que cobre áreas extensas, mas de forma menos localizada. Ainda estamos avaliando os resultados”, explicou o CEO.
Outro fator que tem contribuído para o avanço da agricultura de precisão na SLC é o investimento em conectividade. A empresa tem ampliado o acesso à internet 4G em suas áreas produtivas, aumentando a eficiência e a coleta de dados em campo.
Além disso, a SLC tem substituído gradualmente o uso de defensivos químicos por biológicos, o que também contribui para a redução de custos. Em uma recente reportagem do AgFeed, foi destacado que a fazenda com maior produtividade de algodão da empresa nesta safra foi também a que mais adotou biológicos, com 20% de uso dessa alternativa sustentável.